
SÃO
PAULO (Reuters) - A Petrobras estuda o aluguel de uma Unidade
Processamento de Gás Natural (UPGN), caso a estrutura que irá receber o
gás do pré-sal no complexo petroquímico Comperj, no Estado do Rio de
Janeiro, não fique pronta até 2019, afirmou nesta terça-feira o
diretor-executivo de Refino e Gás Natural da petroleira, Jorge
Celestino.
Segundo
o executivo, a alternativa é utilizada em outros mercados fora do país e
seria temporária, enquanto a UPGN não fosse concluída.
Nesse
caso, a unidade alugada seria montada no próprio Comperj, para onde
será levado o gás natural do pré-sal por meio de um gasoduto.
A
UPGN, que teve suas obras paralisadas em meio ao escândalo da Lava Jato
e tem atualmente cerca de 30 por cento de suas obras realizadas, ainda
demanda 2 bilhões de dólares para entrar em operação, segundo o
executivo.
"A
gente está indo ao mercado (para contratar a construção da UPGN) e está
olhando se vale a pena ter alguma solução via aluguel", afirmou
Celestino a jornalistas, após participar de seminário de gás natural do
Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).
Celestino
explicou que a construção da unidade de refino 1 (trem 1, no jargão do
setor) do Comperj está mantida porque a empresa avalia que vale a pena.
Para isso, a Petrobras conta com um sócio.
"Estamos buscando sócio... (a processo de busca) está indo bem", afirmou o executivo.
As obras do Comperj foram tema da reunião do Conselho da Petrobras na última sexta-feira.
O colegiado decidiu cancelar os projetos da segunda unidade de refino (trem 2) e da unidade de lubrificantes do empreendimento.
Além
disso, o Conselho permitiu a continuidade das atividades de
implementação da unidade de processamento de gás natural e postergou
investimentos de outras partes do trem 1 até dezembro de 2020.
(Por Marta Nogueira; Edição de Gustavo Bonato)
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